Educadores e gestores de toda a Bahia participaram, nesta quinta-feira (12), de uma videoconferência sobre “Educação em Prisões – Desafios e possibilidades para a Educação de Jovens e Adultos privados de liberdade”, promovida pela Secretaria da Educação do Estado em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária. Realizada no Instituto Anísio Teixeira (IAT), em Salvador, e transmitida para as tele salas dos 27 Núcleos Territoriais de Educação (NTE), o encontro teve o objetivo de refletir o atendimento que é dado aos jovens e adultos privados de liberdade e discutir estratégias para a elaboração do Plano Estadual de Educação em Prisões, para o período de 2018 a 2022.
Atualmente, a rede estadual de ensino conta com três mil estudantes privados de liberdade nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Valença, Eunápolis, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Itabuna, Jequié e Paulo Afonso. A professora Isa Castro, da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Secretaria da Educação do Estado, falou sobre a dinâmica do encontro. “A ideia é mobilizarmos gestores de escolas e das unidades prisionais, professores, agentes penitenciários e coordenadores pedagógicos, além de profissionais que queiram se engajar neste trabalho, pois a Educação em prisões é feita respeitando as diversidades, para que possamos evoluir neste caminho”, afirmou.
No debate, André Guedes, da Superintendência de Ressocialização Sustentável, da Secretaria de Administração Penitenciária, falou sobre a importância do debate para o melhor atendimento às pessoas privadas de liberdade. “Precisamos começar entendendo a dinâmica completamente diferente das rotinas do sistema penal e daquele que está privado de liberdade. E este entendimento apresentado na videoconferência vai ajudar a todos os professores e instituições que trabalham em conjunto a entenderem a especificidade e a necessidade para esse sistema, principalmente por constatarmos um grande nível de interesse dos internos e perceber que as parcerias ajudam os professores a utilizarem uma metodologia que contribui na formação adequada deles”, disse.
A diretora Maria das Graças Barreto, do Colégio Professor George Fragoso Modesto, localizado no Complexo Penitenciário da Mata Escura, ressaltou que o encontro “é fundamental para aprofundar o diálogo, trocar experiências e discutir estratégias com educadores de escolas e atores que participam do atendimento em unidades prisionais, pois sabemos dos desafios que é trabalhar uma educação diferenciada e com outra metodologia devido à situação deles de privação de liberdade”, concluiu.