Professores, estudantes e diretores escolares da rede estadual, além de representantes de instituições públicas e privadas da área da Saúde, participaram do lançamento do Programa de Apoio e Assistência à Saúde do Professor e do Estudante – Acolher, nesta sexta-feira (15), no auditório da Secretaria da Educação do Estado. A ação, que integrará todas as iniciativas em curso na rede, a exemplo dos programas Saúde do Professor e Saúde na Escola, tem como objetivo ampliar o atendimento educacional às unidades escolares por meio da convergência de ações pedagógicas e biopsicossociais.
O superintendente de Políticas para a Educação Básica do Estado, Ney Campello, que representou o secretário da Educação, Walter Pinheiro, na atividade, disse que o programaconsidera as várias dimensões do ser humano: cognitiva, afetiva, política, histórica, social, emocional e comunicativa. “O que vamos fazer é voltar o olhar para estudantes e professores, a partir da constituição de núcleos multidisciplinares, com psicólogos, psicopedagogos, assistentes sociais, fonoaudiólogo, atraindo-os para a ideia de: ou cuidamos do ser humano ou ele não estará nunca preparado para o desafio do aprender e ensinar”.
A diretora Josilene Fernandes, do Colégio Estadual Alberto Valença, no bairro de São Gonçalo do Retiro, em Salvador, opinou sobre a importância da implantação do Programa no ambiente escolar. “Vejo de uma forma muito significativa a chegada desse programa na rede estadual de ensino e espero que se torne uma política pública. Para nós professores, que somos responsáveis pela transformação da Educação, este programa só vem nos favorecer”.
O estudante Jeferson Andrade, 18, 2º ano do Colégio Estadual Noêmia Rego, representando a rede estadual na mesa de abertura do evento, também falou sobre a iniciativa. “Sendo a escola uma instituição formadora, este programa, certamente, irá contribuir para melhorar a saúde psicológica dos alunos, bem como dos nossos educadores”.
Palestra e relatos de experiências – O lançamento do programa contou com a entrega das cartilhas “Vamos conversar sobre prevenção da automutilação?”; “Vamos conversar sobre prevenção do suicídio?”; e “Vamos conversar sobre bullying e cyberbullying?”, além da palestra com a professora doutora, com formação em Psicologia, Marilena Ristum, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), que abordou o tema “Bullying e ciberbullying nas escolas: o que sabemos e o que fazemos”.
A psicóloga falou sobre o papel da escola no combate ao bullying e sobre a importância de iniciativas como estas. “Acredito em programas que sejam associados ao dia a dia da instituição, do acadêmico, da sala de aula. Sobre o bullying, pesquisas que mostram que escolas que têm uma gestão democrática têm um índice menor de bullying. Escolas que incluem a participação efetiva dos alunos, professores e funcionários o índice de violência diminui bastante”, pontuou.